Depois de mais de duas semanas de espera, um fim-de-semana de corridas e muito trabalho, finalmente conseguimos as respostas do Álvaro à maior parte das perguntas que lhe foram colocadas aqui no blog.
FASTERPT:
Álvaro, depois deste início de temporada não muito positivo, e feita uma avaliação do que ficou para trás, o que é que pensa que falhou para não estar numa melhor posição actualmente?
AP:
O andamento não foi o problema, com certeza, pois temos tido andamento para andar sempre tranquilamente nos pontos. Eu tenho feito como sempre fiz para ganhar corridas e campeonatos, mas as coisas simplesmente não têm corrido bem, pelo menos até ao GP da Alemanha. Tive vários acidentes e um erro grave na Turquia, mas no fundo a minha abordagem é a mesma com que ganhei outros campeonatos. É pena ter estes incidentes na primeira corrida, porque estraga logo o fim-de-semana todo.
Vitor Alexandre:
– Sendo um entusiasta pelo desporto profissional automóvel, muito embora com carreira nos monolugares – recente excepção foi para a participação no campeonato espanhol de GT’s, tens interesse em participar, no futuro, numa prova de ralis do campeonato nacional? E o circuito de La Sarthe, que em Junho serve de antro para a mítica prova de resistência das 24 horas de Le Mans, também figura no périplo das provas a participar um dia e se há interesse por alguma categoria em específico?
AP:
Tenho curiosidade em experimentar ralis, mas a minha área é a velocidade, nos fórmulas. Mas, em geral, desde que envolva automóveis, não ponho de parte a participação em qualquer competição desde que seja do interesse dos meus patrocinadores e do meu interesse.
Quanto a LeMans Endurance Series, se aparecesse um convite realmente aliciante, em todos os aspectos, seria difícil de recusar, mas a verdade é que gosto mais de corridas sprint como GP2 ou F1, corridas de resistência não são o meu género. Mas, como já disse, se fôr interessante tanto para os patrocinadores como para mim, não é algo que se possa pôr de lado.
José Neves:
Ainda é possivel colocar o seu ORT com melhores afinações para tirar o melhor rendimento deste, até ao final da época para que possa fazer ainda grandes corridas?
AP:
Claro, temos andado sempre nos lugares pontuáveis e vamos até ao fim da época fazer tudo para continuar assim competitivos, só assim é que os bons resultados aparecem.
André Fernandes
Sei que nãoée fácil, mas como encaras a segunda fase da época? Ainda tens como objectivo chegar ao título ou já definiste novos objectivos e prioridades?
AP:
O meu objectivo passa sempre por, em cada fim de semana, fazer o melhor possível com o equipamento que tenho à minha disposição. A segunda fase da época passa por fazer tudo como sempre fiz, mas com menos acidentes, e sair de cada GP com muitos pontos amealhados; as contas fazem-se no fim.
Nuno Pereira:
Este início de época não tem sido famoso, como é público e notório. De que forma tem sido feita a preparação psicológica nesta temporada, que era tida como “do tudo ou nada”?
AP:
A preparação psicológica é feita praticamente como nos outros anos; tenho a sorte de ter pessoas que me ajudam que trabalham comigo em todos os aspectos e o psicológico é um deles. Eu tento sempre estar tranquilo e ao mesmo tempo dar tudo o que tenho quando entro no carro, e mesmo antes disso trabalhar muito bem para que o carro esteja competitivo.
Filipe Trica:
Preferes entrar para a F1 para uma equipa nova que certamente irá andar na cauda do pelotão, ou em apostar num 3º ano decisivo na GP2?
AP:
É evidente que gostaria de vencer a GP2, como venci em todas as categorias por onde passei. Mas, se pudesse escolher, preferia já estar na F1, pois mesmo sem ganhar podem-se fazer as melhores exibições de uma corrida, e se a corrida fôr de Fórmula 1, então não há nada melhor. Portanto, gostava imenso de ainda ganhar a GP2, mas se puder dar o salto para a F1 e fazer o meu trabalho lá, assim farei.
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